segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Recursos minerais e infra-estruturas oferecem “enormes oportunidades de investimento” em Moçambique

A exploração de recursos minerais em Moçambique, associada ao desenvolvimento das infra-estruturas, oferece “enormes oportunidades de investimento” para as empresas e vai mudar o panorama económico do país, afirma o Gabinete Legal Moçambicano (GLM).
A afirmação do GLM, que integra a rede internacional da sociedade de advogados portuguesa PLMJ, consta do Guia de Investimento em Moçambique, publicado este mês em Maputo, que pretende reunir a informação necessária para apoiar investidores com interesses ou negócios no país africano.
“A diversidade e a vastidão de recursos minerais existentes no país, como o gás natural, carvão, ouro, titânio, ilmenite, zircão, rutilo, tantalita, mármores e pedras preciosas, representam enormes oportunidades de investimento”, refere o documento.
Estas oportunidades, “aliadas ao desenvolvimento das infra-estruturas, trarão certamente alterações ao panorama económico moçambicano”, adianta.
A GLM destaca ainda a ampliação da capacidade de geração de energia em mais de 16 mil megawatts, com o início da extracção comercial de gás natural, reparação e construção de novas instalações hidroeléctricas, início da exploração e fomento das energias alternativas e renováveis, como solar, eólico e biocombustíveis.
Novas infra-estruturas públicas, como estradas, pontes, telecomunicações ou de águas, resultantes de parcerias público-privadas, permitem “o acesso a locais antes inacessíveis e o desenvolvimento de novas indústrias”.
O Guia destaca ainda as oportunidades existentes no sector imobiliário, que se encontra “em franco desenvolvimento”.
O Guia de Investimento em Moçambique, publicado em português, inglês e, brevemente, em mandarim, vem alargar a série de guias já lançados pela PLMJ, que contempla países como Angola, China e Brasil.
Moçambique é actualmente considerado um dos países com melhor desempenho económico da África subsariana, com um crescimento médio anual do PIB de 8% na última década, “impulsionado principalmente pelo investimento em recursos minerais, indústria, serviços e um forte apoio por parte de países doadores”, refere o Guia.
A agricultura é o sector que mais mão-de-obra emprega e as principais indústrias do país são o alumínio, gás natural, camarões, castanha de caju, algodão, açúcar, citrinos, madeira e electricidade.
No seu mais recente relatório sobre Moçambique, intitulado “Um Novo Lugar no Xadrez Internacional”, os analistas do banco português BPI dão conta da atenção que incide sobre a economia moçambicana, após as recentes descobertas de depósitos de gás natural.
O ano de 2011 foi “um ponto de viragem importante para Moçambique”, com o início de actividade dos grandes projectos de investimento no sector mineiro e em particular da exportação de carvão e, no futuro próximo, a previsão de crescimento do BPI assenta no intervalo de 6 a 7%.
“A médio prazo, o potencial de expansão será provavelmente superior e as actuais estimativas poderão ser conservadoras”, pode ler-se no documento. (macauhub)

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